quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A morte da morte

Não entendo toda a minha estupidez:
Me foi dada uma fonte de alegria eterna
e eu preferi me afundar na insensatez
de minhas antigas cisternas.

Pra nascer de novo
era preciso matar esse triste poeta.
Eu tive medo de ser do santo povo
por que com eles a alegria era certa.

Não, eu não sei ser feliz
e me frustra saber
que Deus me criou para a felicidade.

Hoje, o poeta morreu em mim
pra que eu possa buscar a alegria no viver.
Eu não sou mais deste mundo de infelicidade.

Murilo Ternes
15/12/2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Um dia sem chuva

A alvorada ensolarada me acordou.
Céu azul, pássaros cantando, crianças no asfalto.
Um sorriso rasga minha face endurecida.

Choveu tanto nas ultimas semanas...
Eu até tinha esquecido que o céu é azul.
Essa cidadezinha cinza é bonita
quando as nuvens brancas enfeitam o céu.

A brisa leva a dor embora
e esse Sol no meu jardim
me impede de conter o riso.

As chuvas estavam nos afogando
em dias sem luz e sem esperança.
Até pensei que os pássaros
tinham sido levados pelas águas.

O Sol nos visitou e esquentou toda a cidade.
Mas aqui dentro tudo continuou frio.
Só Deus pode aquecer o meu coração.

Murilo Ternes