terça-feira, 28 de setembro de 2010

Nuvens no meu quarto

Choveu a noite inteira
no meu telhado.
Chorou a noite inteira
o meu coração perturbado.

Pela manhã o sol brilhou
nas poças da rua.
O meu coração continuou fechado
e a luz não entrou.
A casa continuou escura
e não houve um sol
que brilhou nas poças do meu quarto.

Algumas nuvens escuras
continuaram no céu.
Algumas dores antigas
continuaram na alma.

O sol continua a brilhar
mesmo quando as nuvens escuras
nos impedem de vê-lo.

Algumas nuvens escuras
continuam no céu.

E Deus continua no mesmo lugar
mesmo quando as lágrimas
embaçam a nossa visão.

Algumas dores antigas
continuam na alma.

Murilo Ternes

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Manhã fria

Acordei cedo demais
nesta manhã cinzenta.
A cidade exala um frio
que congela minhas veias.

O café matinal
não esquenta o meu corpo.

Tempo frio,
cidade fria,
eu frio.

Somente o amor de Deus
aquecerá o meu coração.

Antes que o sol me condene
vou à esquina
matar a sangue frio
a rotina.

Murilo Ternes

domingo, 5 de setembro de 2010

Visita noturna

Vai alta a noite.
O frio visita as casas
que estão cheias de solidão.

As dúvidas se diluíram
e o frio não entrou mais
no meu coração.

Esse céu estrelado declara
que é verdade o que vive em mim.

As lágrimas ficaram
em outras madrugadas.
Deus me visitou
e deixou um sorriso aqui.

Murilo Ternes