terça-feira, 13 de julho de 2010

Tempestade de lágrimas

Os trovões anunciaram a tempestade
que de águas meus olhos inundou.
O sorriso permaneceu na face
e a paz no espírito continuou.

Cheguei a desejar
o brilho do sol por alguns dias mais.
Eu iria me acomodar
sem lágrimas e dores casuais.

As gotas pesadas maltratam a terra.
Na convulsionada avenida os automóveis passam.
Me entristece toda a frieza dessa guerra.

Essa tempestade me mudou.
A dor me deixou perdido no espaço
mas agora no céu estou.

Murilo Ternes